domingo, maio 27, 2007

Essa...poderia ser dispensada!





















Comecou com rinite...tosse...febre... e lah estava eu passando mal...Na minha bagagem, gracas ao Pithan, um kit completo para esses sintomas. Mas, como sempre faco, uso meu Kit + a medicina local. Lembro-me agora de quantos chás, benzeduras, implastos e simpatias experimentei na Amazonia, no Pantanal e lah na minha casa tambem...Aqui, recorri `a medicina tibetana. O medico eh um senhor , seguramente com mais de noventa anos, que atende tambem ao Dalai Lama. Entrei na sala um pouco assustada. Fabricio e Gugu ficaram comigo. O medico sente o meu pulso, primeiro o esquerdo, depois o direito, olha-me atentamente e vai ditando, para o medico auxiliar, os medicamentos. Manda-me voltar na proxima semana, trazendo uma amostra da primeira urina do dia. A unica informacao sobre meu estado, jah a escutei de medicos ocidentais: devo emagrecer - e um dos medicamentos receitados, segundo ele, ajudarah nisso. Junto ao consultorio, uma farmacia com todos os medicamentos tibetanos em grandes recipientes rotulados e cheios de bolinhas, pouco maiores que uma ervilha! Preparam-me um tratamento para sete dias: quatro conjuntos de catorze bolinhas. Junto vem a instrucao que devem ser mastigados e engolidos com agua morna ou quente. Descubro que sao durissimos e alguns apimentados ou salgados. Descubro tambem - e compro logo - que existe um recipiente de metal especifico para triturar esses remedios( servirah depois para fazer caipirinha...porque eh igual ao que se usa no Brasil com essa finalidade). A consulta eh gratuita e pago pelos medicamentos o equivalente a cinco reais ( preco que pago tambem para duas refeicoes). Amanha eh meu dia de voltar lah.

Com o objetivo de nao ter mais esses chiliques alergicos e aproveitar bem minha temporada na montanha, estou fazendo ainda massagens ( tibetanas naturalmente) e Yoga. O professor de Yoga eh da Servia ( ex-Iugoslávia ), amigo do Gugu , que o conheceu em Varkala e que felizmente fala um pouco de italiano. Eh excelente. Depois da primeira aula, dormi doze horas.Estou muito bem agora. Sinto saudades da familia e dos amigos. O dia estah belissimo, sol lindo e temperatura agradavel. Mc Leod Ganj, 27 de maio de 2007.

quinta-feira, maio 24, 2007

Dharmkot - meu dia de Maharani






















Eh cedo. Sao 06h. Estou na varanda envidracada do amplo apartamento que ocupo num hotel de montanha, a 2200 m de altitude, no estado de Himachal Pradesh, em Dharamkot, " povoado" que fica depois de Daramshala e Mac Leod Ganj. O Hotel tem tres apartamentos para duas pessoas cada um. Eh dirigido por um casal: ela , inglesa; ele, irlandes. Estudo o mapa da India.Leio um guia turistico.Penso em muitas pessoas.
Sao 08h. Continuo na varanda...Neste angulo, vejo quatro montanhas. A primeira montanha com uma caracteristica que a torna mais bonita: nela ha centenas de " bandeirinhas" coloridas, que portam mantras, `a espera de que o vento espalhe as palavras nelas escritas...Ali, nessa montanha, foi cremado um riponche - e no local ha muitas cerimonias e visitas de monges budistas ( estou na parte tibetana da India jah faz 10 dias).























Logo depois dessa montanha, vejo duas outras muito verdes e mais uma imensa , totalmente coberta de neve. Tento reter detalhes dessas imagens - e agradeco por te-las visto um dia...Vou agora tomar banho. O banheiro eh tambem imenso, todo em marmore verde e com uma banheira circundada por paredes de vidro, por onde se pode continuar vendo outros angulos dessa parte do Himalaia.O hotel tem cinco empregados`a disposicao - minha...porque hoje sou a unica hospede. O cafe sera servido no jardim na hora em que eu pedir. Jantei aqui ontem.A comida eh deliciosa. Fizeram minha sopa preferida. Muitas frutas e chas logo depois. Cama com lencois de puro algodao branco; acolchoado e travesseiros de plumas - um luxo aqui.Dormi muito bem.Tratamento de Marani - soh faltou o Maraja... mas seria querer demais!

OBS. Preco da diaria? 50 dolares! E eu ainda ganhei a estada de presente do Fabricio e da Khritika! Postarei as fotos do hotel e da regiao quando conseguir uma lan house mais " esperta".

quinta-feira, maio 17, 2007

Para as mulheres...e os homens curiosos!








Pensava escrever hoje sobre Shimla, Amritsar ou Dharmsala - tao impressionantes! Pensei também escrever sobre o Rajasthan, por onde foz uma viagem incrível, visitando palácios e fortes magníficos e conhecendo cidades como Bikaner, Jaisalmer e Jaipur, a capital e  cenário de quase todas as fotos aqui postadas.





Ainda faco isso... ainda escrevo sobre essas cidades .... mas me deu vontade de escrever sobre " coisinhas" de cotidiano, que eu queria contar a Neneca, Zeli, Cibele, Alda, Fabiana ,Rosana, Carla, Maria, Odete ....e tanta gente mais! Vamos as "conversinhas"!






Roupas: num momento de lucidez, deixei minha mala em Bangalore e comprei uma mochila um pouco maior que a minha de estimacao. Sorte! viajar pela India com bagagem eh mais do que autopunicao...eh impossibilidade mesmo.






Como decorrencia, trouxe muito pouca roupa, um par de tenis, uma sandalia, duas bolsinhas - uma com remedios, outra com produtos de higiene pessoal- mais um mapa e um " i pod" ... Minha unica compra pessoal foi um lenco - belissimo - que uso para cobrir a cabeca e, assim, poder entrar em alguns templos , como o Templo de Amritsar ( seda pura, batik, imenso e me custou menos de 50 reais).





O estado das minhas roupas eh deploravel! Trocadas frequentemente, em temperaturas de ateh 47 graus, lavadas a mao e passadas a ferro com brasa, estao parecendo trapos de " usar lah fora". Nessas horas, olho as mulheres indianas e me impressiono com a beleza das roupas - como dizia o filho de uma amiga minha de Roraima: " tudo roupa de missa ou de casamento"!





Hoje foi meu limite:mandei-as para a lavanderia e estou usando, aqui na internet, meu pijama de dormir!Como estou em McLeod Ganj, onde se encontram pessoas dos mais diferentes paises, as roupas, desde que sejam " decentes", parecem todas " normais".






Uma amiga indiana me explicou que usar roupas discretas eh respeitar o marido e ser solidaria com as outras mulheres , porque , assim, nao andam "provocando" os maridos alheios! Ombros descobertos, nem pensar! coisa de fotografia da Playboy.





Sapatos: de chegada, rebentei uma sandalia. Enquanto olhava as pinturas do teto de um palacio, em Jaipur, pateta como sou, nao vi um buraco no piso... torci o peh e me " esparramei " no chao...fui socorrida pelo Gugu e por um indiano - um indiano tao bonito que eu levantei rapidamente com a maior classe...ainda que me remoendo de dor. Lembrei-me depois de uma amiga que, ao ser assaltada, o bandido perguntou-lhe a idade... Ao contar essa historia, ela costuma finalizar dizendo: mesmo em pânico, me lembrei de diminuir dez anos!!!E eu , mesmo com dor, disse que nao se passara nada!





Pes e maos: um drama quando a gente viaja, nao eh mesmo? Principalmente aqui, quando precisamos andar descalcas frequentemente. Manicure e pedicure sempre foram presencas importantes na minha vida. E conheci muitas. Uma vez, em Ponta Pora, bem na fronteira com o Paraguai, eu tinha pes e maos tao horriveis, que entrei num salao daqueles que a gente pensa " vou sair com as unhas limpas, mas com alguma doenca contagiosa", e me " entreguei" para uma " profissional". Imediatamente, ela fez um diagnostico e uma prescricao de arrepiar: disse-me que eu estava com uma bacteria nos pes...e que deveria deixa-los de molho em QBOA bem morna por, ao menos, meia hora...




Ontem, em Mcleod Ganj, Fabricio, seguindo a indicacao de uma senhora amiga dele, levou-me a um salao de beleza , tibetano naturalmente, como tudo aqui. Soh comecei a contar essa historia porque encontrei o tratamento dos meus sonhos: fazer o peh inclui ateh o tornozelo; fazer a mao, ateh o cotovelo.Muitos oleos, cremes e massagens. Uma delicia, com duas horas de duracao...e um custo de 12 dólares.





Comprinhas: nem gosto de pensar! roupas baratissimas e lindas! Cortes de seda com 7 metros custam , em media, 50 reais e podem estar divididos em tres estampas combinadas. Echarpes belissimas ( Zeli, encontrei algumas , semelhantes `as que compramos em Istambul, soh que rebordadas!) , bolsas, joias - imaginem a beleza das tornozeleiras de prata ou de ouro - chas, especiarias, objetos para casa, papeis artesanais...quanta coisa linda!




Coisas lindas , por preco muito baixo e nada daqueles produtos massificados, que se encontram iguais em qualquer parte do mundo.E eu aqui, disciplinadissima, sem comprar nada. Tambem pudera ... o discurso contra o consumismo eh muito forte e constante! Penso resistir! ainda nao sei se ao discurso esse ou `as comprinhas!





Fiz  fotos da chegada dos noivos para cerimônia de casamente.A noiva deve usar 16 jóias! Vou tomar um cafeh. Gugu estah na montanha. Estou sozinha e quero , ainda hoje, ir a Dharmsala, continuidade de McLeod Ganj. Se quiserem saber mais, eh soh perguntar. Neneca, tenho informacoes preciosas para tua area de estudo e pesquisa. Beijos a todas(os)




Obs. Texto de maio de 2007.

sábado, maio 12, 2007

Índia : from Dehli : notícias para a familia

























Quinze dias em Varanasi. Ontem, antes de dormir, eu pensava sobre o quanto aprendi nessa cidade e o quanto " vivi " esta regiao incluindo Sarnath e Bodhgaya. A imagem do menino da internet, triste e terna, acenando-nos quando entramos no carro, ficarah, na minha memoria, como um simbolo de vivencia e de aprendizado.
























Hoje faz 7 dias que Gugu e eu estamos em Dehli. Ficamos hospedados em um hotel muito simples em Old Dehli. New Dehli tem amplos parques, monumentos interessantes, largas avenidas... mas falta o charme da India que me encanta. Visitamos detalhadamente Dehli. Selecionarei fotos para postar aqui assim que pararmos um pouco, embora as fotos nunca traduzam tudo...faltam aromas, atitudes, movimentos ... alma!























Eu sempre falava que pouca coisa me surpreendera, depois de " vê-las" tanto no cinema, na TV nas revistas e na descricao das pessoas. Lembro de uma, ha muitos anos: as Cataratas do Iguacu! Fiquei com " um noh na garganta" quando as vi... Desta vez, foi o Taj Mahal, em Agra, e o Forte de Jaipur, no Rajistao. Lindos tambem os templos de Matura e Vindravam. Lembramos muito do Pedro cantando " Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare ...." Vi cenas belissimas ali... mas era proibido fotografar.























Hoje visitei , aqui em Dehli, duas outras grandiosidades : a maior mesquita da Asia e o Forte Vermelho. Mas o " noh na garganta" me veio no Memorial de Ghandi, no lugar onde ele foi cremado. Senti uma dor como se algumas utopias que " tambem fazem parte da historia" , tivessem sidos queimadas naquele acontecimento...mas logo pensei , no caso de Ghandi, nao foram soh utopias, foram atitudes e acoes... e , mesmo que fossem soh utopias, elas certamente renasceriam das cinzas. Gugu e eu fomos a Jaipur ontem, no dia do aniversario da Rosana. Compramos uns brincos para ela. No dia anterior , fora a Lilian...que tambem ganhou presente. Mesmo a distancia, procuramos ser presenca nas datas importantes das pessoas que amamos.






















Amanha cedo, sairemos , de carro ( com ar condicionado e um motorista que eh altamente religioso, um sikh), para Simla...faremos um percurso, por alguns lugares muito interessantes, durante uma semana, ate chegarmos a Dharmsala, onde Gugu deve-se " internar" num mosteiro para fazer um curso de dez dias sobre filosofia budista - e eu , outros dois : um de cozinha indiana e outro de massagem....portanto....preparem-se para serem cobaias - dos dois cursos meus. O tempo todo lembro-me de voces. Queria mesmo que estivessem aqui. Saudades.Beijos
Dehli, 12 de maio de 2007 ( teclado sem notacoes lexicas!).



sexta-feira, maio 04, 2007

India: Varanasi



Lavanderia em Varanasi

























Para chegar ate a internet, onde tenho que entrar descalca porque o predio fica na area sagrada do Ganges, passei pela nossa " lavanderia". Vi minha roupa " na corda" , estendida...logo estarah seca porque hoje faz 45 graus ainda cedo... Tambem vi roupas sendo passadas a "ferro de brasa" em mesas colocadas na calcada. Uma blusa minha voltou da lavanderia com pequenos furos de queimado...provavelmente o vento soprou as brasas. Nada demais! Zeli, minha irma, fala que eu uso roupas tao amassadas, que parecem " terem sido retiradas de dentro de uma garrafa" . Aqui eu as uso passadissimas. Nao eh soh essa a mudanca visivel que apresento: fiz tres furos na orelha esquerda e estou usando uma sequencia de brincos. Ainda penso numa tatuagem ...discreta , eh claro, nao se assustem! Discreta no tamanho e no lugar!


Tambem quando eu vinha para ca, vi dois senhores, na calcada, recuperando um movel antigo, talvez um guarda-roupa. Descobri que a gente nao leva moveis ou utensilhos domesticos para consertar: chama os " consertadores" em casa. Que inveja!

Depois da internet, tenho hora marcada numa clinica: massagem ayurveda. Sao duas massagistas, que usando, abundantemente, oleos perfumados e mornos, fazem , em movimentos sincronizados, uma de cada lado do corpo, a mais relaxante das massagens. Afinadíssimas, cantam um mantra...

Falando em oleos, mudarei radicalmente de assunto. Numa manha, assisti a uma cerimonia de cremacao aqui no Assi Ghat, regiao do Ganges pertinho de nosso hotel. Lenhas cortadas todas do mesmo tamanho, camadas nao muito altas ( sinal de que a familia nao possuia posses suficientes para comprar mais), sobre elas o morto. O filho mais velho, de cabeca raspado, ato que eh feito imediatamente apos a perda do familiar, despejou sobre o corpo, a partir da cabeca, com gestos precisos e circulares, manteiga pura ( um tipo de manteiga amarelinha e bem gostosa). Depois, acendeu uns ramos, que me pareciam galhos de palmeira, e passou a prender fogo nas madeiras todas... Preferi sair nesse momento...nao sem antes pensar que, gordinha como sou, poderia dispensar a manteiga. Mulheres e criancas nao assistem de perto essa cerimonia.Eu estava a uns 6 metros de distancia. Aprendi , nesse dia, que criancas, mulheres gravidas e sadhus (homens santos) sao jogados diretamente no Ganges sem passar pela purificacao do fogo.Aprendi tambem que pessoas ricas podem ser cremadas com lenha de sandalo, perfumadissima!

Recordei a cena e perdi a vontade de escrever! Nao temos a cultura de conviver naturalmente com a morte...da mesma forma que convivemos naturalmente com a vida.Varanasi, 5 de maio de 2007.

quinta-feira, maio 03, 2007

Sobre a India






















" Levantei cedo hoje. Gugu jah havia saido para encontrar Fabricio, Krithika e criancas a beira do Ganges - e tomar chimarrao com a erva-mate que eu trouxe do RGS.... Desci para o restaurante do Hotel ainda meio dormindo. Pedi caf'e com leite, um tipo de pao indiano e algumas frutas...Noto um " ar estranho" no rosto do menino do Nepal que me atende... Entao " desperto" ... percebo que estava falando português ... ou italiano. Estava realmente cansada. Chegara a noite de Bodhgaya, onde passara dois dias.





























Uma viagem de trem na India cansa mesmo...Atravessar o saguao das estacoes ja eh um exercicio de forca, equilibrio e flexibilidade. Muita gente dormindo no chao...muitas familias, sob esteiras estendidas, comendo , conversando, sentadas ou deitadas...um " mar de gente" em toda a parte...mas um ambiente muito tranquilo e pacifico. A ausencia do medo de violencia supera qualquer desconforto. Eu me sinto muito bem aqui. Enquanto tomo cafe, jah bem acordada , rememoro a viagem a Bodhgaya, cidade onde Budha se iluminou , depois de sete anos de meditacao embaixo de uma arvore . Encontramos lah uma grande festa. Comemorava-se o dia do nascimento de Budha ( mais de 2500 anos). Profusao de flores, aromas e cores. Pessoas vindas de diferentes lugares, o que se pode perceber pelo modo de vestir-se e ornamentar-se principalmente.























Enquando passeavamos nos jardins do templo, uma familia indiana, vinda das montanhas segundo nos disseram , aproxima - se de mim e de Fabricio e , subito, um senhor fala que eh a primeira vez que ele e sua familia estao vendo pessoas " inglesas" ... e pedem que nos os abencoemos...Fabricio, que fala Indi, escuta-os atentamente e me diz o que fazer ( que mico!) . Eu e ele fizemos reverencias e estendemos , sobre cada uma das cinco pessoas , as nossas maos...essas pessoas se jogam no chao, tocam nossos pes, tocam o chao com a testa tres vezes e fazem muitos sinais...Quando eu penso que tudo havia terminado, o mesmo senhor explica ao Fabricio que , a seguir, era a nossa vez de sermos abencoados por eles ( supermico fotografado pelo Gugu). Imaginem eu deitada , tocando com a testa tres vezes no chao, e fazendo muitos gestos sem saber exatamente o significado do que fazia. Krithika eh indiana, Gugu estah muito bronzeado e usa roupas tradicionais daqui, parece que os olhos azuis meus e do Fabricio foram a origem da cena.





























Estivemos ainda, mais por sorte do que por informacoes, na inauguracao do belissimo Templo do Sry Lanka em Bodhgaya. Assistimos a uma danca tipica desse Pais. Linda. Tao tranquila que faria a danca gaucha do " Pezinho" parecer uma aula de aerobica.Normalmente me encantam as cores e os aromas daqui. Em Bodhgaya, esse encanto foi intensificado tanto na regiao dos Templos, quanto no Mosteiro onde nos hospedamos. Inesquecivel. Precisa-se de tempo para conhecer um pouco da India... depois de vinte dias , comeco a enxergar melhor, a ter o " olho mais limpo" para poder realmente ver. "

Varanasi, 3 de maio de 2007.